Sérgio no intervalo de uma gravação: fôlego para três programas, um stand up e muitas, muitas histórias
Ele começou como apresentador, foi jurado de programa de calouros,
cantor, ator e humorista. Mas é sendo ele mesmo que Sergio Mallandro, de
55 anos (ele diz que artista não tem idade, que tem 33, a idade de
Cristo) construiu seu maior personagem. E é esse ícone que hoje faz
sucesso no stand up “Sem Censura” – espetáculo que conta casos de sua
vida em cartaz no Teatro
Renaissance, em São Paulo -, e em três programas do canal Multishow: o
reality show “Vida de Mallandro”, o humorístico “Pegadinha do Mallandro”
e o talk show “Papo de Mallandro”. Em todos, a grande estrela é ele.
Dei certo e estou dando certo até hoje."
Mallandro
E foi para saber como é transformar criador em criatura, que o EGO foi conversar com o Mallandro. Confira:
Sérgio Mallandro: 'Acho que gostaram de mim'
Como você acabou estrelando três programas no Multishow?Tem o “Papo de Mallandro”, daí fui convidado para fazer as “Pegadinhas do Mallandro”, vou fazer ainda o “Prêmio Multishow de Humor”, e eles querem voltar a fazer o “Vida de Mallandro” também, mas só no ano que vem, porque estou com meu show no Teatro Renaissance, em São Paulo. “Papo de Mallandro” está indo muito bem, aumentou o cenário nesta temporada, o número de pessoas, tem plateia participando. Acho que gostaram de mim, e estou bem feliz.
No ‘Papo de Mallandro’, você perde um pouco a sua espontaneidade, já que é guiado por fichas. Como é abrir mão de seu principal trunfo?
Nada me amarra. As fichas servem apenas como referência. Criei o ‘Faz de Conta’, em que a gente cria uma historinha e a pessoa continua. Mas nada que deixe o convidado mal. A Perlla já esteve aqui e o pessoal falou para não falar do Léo Moura. Na hora, eu ficava rodando, rodando, perguntava se ela estava assistindo muito futebol, muito jogo do Flamengo. Mas não perguntei. Quando acabou a gravação, ela brincou comigo dizendo que eu podia ter perguntado, que não tinha nada a ver. É sempre descontraído. Não faço nada para a pessoa ficar incomodada. Gosto que o artista saia daqui feliz. Mas é claro que pergunto coisas que ninguém perguntaria. Perguntei para o Dudu Nobre se ele ainda gosta de bombom ou se é um doce de que ele não gosta mais (risos). Mas é tudo na brincadeira.
Ele diz que apesar de ser um ícone, não abandona
personagens criados por ele
Por outro lado, o programa tem inserção com seus personagens. É uma escolha sua ou o público pede?personagens criados por ele
Apesar de ser um talk show, não abandono meus personagens. Tenho o Mallandrovisky, o Super Mallandro, e tenho sempre que fazer ie-ié, gluglu. Tenho o stand up, que faço há quatro anos, e conto a minha vida. Brinco comigo mesmo, me ridicularizo, conto história de artistas que já passaram pela minha vida, como Xuxa, Jô Soares, Silvio Santos. Mas não falo mal de ninguém só conto passagens com eles. O que as pessoas gostam mesmo é de mexer comigo. Uma vez fui ao velório de uma tia e um cara chegou pra mim e disse: “Rá! Meus sentimentos”. Perguntei se ele era maluco. Os caras não têm semancol. O fã não quer saber de nada (risos). No final, acabo dando risada, acho um barato. A maior riqueza de um artista é o público. Não entendo certos artistas que viram a cara para o público.
E como é mostrar a realidade da sua família no ‘Vida de Mallandro’? Alguém já te censurou por algo?
O Sérgio Tadeu, meu filho, fala às vezes que eu sou maluco, que não tinha nada a ver falar tal coisa. E eu escuto. Ele é meu empresário hoje em dia. No dia em que fui ao programa do Faustão, ele falou: “Pai, vai de leve. Deixa ele falar também”. Chegando lá, relembrei o filme que a gente fez, o “Inspetor Faustão e o Mallandro”, e ainda brinquei com ele dizendo que todo mundo que ia ao programa ganhava um relógio, e que ele nunca tinha me dado nem um despertador. Três dias depois ele mandou entregar um relógio na minha casa.
Já no “Vida de Mallandro”, a gente foi deixando acontecer. Mostrando o Serginho com as namoradas dele, eu vou seguindo os passos do meu filho (risos), a Mary também tem lá os namorados dela. A Mary (Mallandro, ex-mulher que mora com ele e trabalha em sua atrações) coloca defeito em todas as mulheres que eu arrumo (risos). Mas tenho uma admiração muito grande pela minha família. Não tenho vergonha de mostrar nada. E teve um lado legal que serviu para mostrar uma outra faceta do Sérgio Mallandro. As pessoas puderam ver a preocupação que tenho com meus filhos, a gente falando sobre drogas. Neguinho acha que sou louco. Já rolou de eu conversar com meu filho mais novo, de 15 anos, que só vive no banheiro (risos). Teve um dia que roubei um bolo do Buda da Mary, mas não sabia. Ttive que pagar três bolos para o Buda (risos).
Sérgio Mallandro: ele diz que já deu o beijo macaco em
Fernanda Paes Leme
O programa ajuda ou atrapalha na hora de arrumar namorada?Fernanda Paes Leme
Nunca tive dificuldade de pegar mulher. Mulher foi feita para ser amada. Tem que saber fazer a coisa certa, na hora certa e ainda dar o beijo macaco. O beijo macaco é uma arma de família que só ensinei para Sérgio Tadeu e o Edgar. Só três pessoas sabem esse segredo. Já dei esse beijo na Fernanda Paes Leme, que me liga até hoje (risos). O programa não influenciou nesse sentido, não. Mas às vezes assusta mesmo. Ninguém quer ir a uma casa que é um reality show (risos). Já comecei a namorar uma gata que não queria aparecer, não queria ir lá em casa. Mas falei: “Pra ficar comigo, tem que ir” (risos).
Sérgio Mallandro é um produto que dá certo?
Dei certo, estou dando certo até hoje. Sempre plantei coisas boas, sempre procurei o lado do bem, e faço tudo como se fosse a coisa mais importante. Dou sempre o melhor de mim. Estou nesse brinquedo há 30 anos. No meu stand up as pessoas vão só para ver se vão rir, e se dizem surpresas porque riem, se divertem. Não é negócio de ieié e gluglu. Conto a minha história, e quando falo dos outros, só falo bem, só deixo para falar mal de mim (risos). Sou muito mais do que ieié-gluglu, sou rá, salcifufu, bilu teteia e farofafá. E essas palavras são palavras mágicas! Não é qualquer pessoa que pode fazer, não" (risos).
Sérgio Mallandro: sucesso há 30 anos
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