Carol
Lourenço posa com a Cidade de Deus ao fundo e conta que a mãe, Tati
Quebra-Barraco, teve que implorar para ela virar dançarina de funk
Não espere que Carolina Lourenço, de 19 anos, fale com o mesmo jeitão escrachado da mãe, a funkeira Tati Quebra-Barraco.
De fala mansa, mas decidida, a mulata de 1,70m – que não anda com
saltos com menos de 15cm - é a novidade que Tati quer levar para os seus
shows como sua dançarina. Mas não pense que foi fácil convencer
Carolina. A jovem é osso duro de roer e relutou em aceitar a proposta da
mãe. Primeiro, por uma certa timidez; segundo, por não curtir tanto as
letras polêmicas de Tati.
Carol: ela quer ser militar
"Gosto muito de dançar, e minha mãe sempre disse que eu tinha que ser
dançarina dela. Mas tinha vergonha de aparecer. Agora ela fez a proposta
e implorou, pediu muito para eu ir dançar com ela (risos). No
final, ainda brincou: ‘Já que vai dançar de graça aí na Cidade de Deus,
dança pra mim’”, conta ela, que é fã da cantora americana Ciara e do
grupo e pagode Sorriso Maroto.Nada de peito ou bunda de fora
Entre as exigências para virar dançarina, Carol disse que a agenda de shows não poderia atrapalhar sua carreira militar – ela acabou de passar para um curso de enfermagem na Marinha - e deixou claro que não vai usar roupas ousadas ou fazer coreografias sensuais no palco.
“Ouvi muita crítica porque tive filho cedo, aos 15 anos, mas sempre fui estudiosa. Não deixei que isso me atrapalhasse. Quanto ao estilo, já falei para minha mãe que não quero nada de vulgaridade. A roupa tem que ser no estilo hip hop. Não quero nada de peito aparecendo, nem bunda de fora. E ela concordou comigo (risos)”, diz Carol, que, por causa do jeito mais recatado, já recusou convite para ser passista do Salgueiro.
Carol e Tati em foto de arquivo: trabalhando juntas
“Modéstia à parte, sambo muito. Sempre gostei de dançar. Sou fã de
stilleto e até iria começar a fazer aula com a Ariele, que é dançarina
da Anitta, mas com a minha rotina de estudos complicou um pouco”, diz
ela que jamais quis cantar funk ou substituir a mãe. “Não tenho nem voz
para isso. Não é para mim. Mas acho o trabalho dela maneiro.
Antigamente, eu não curtia e achava as letras muito escrachadas”, diz
Carol, que, apesar de tanto cuidado, está pronta para ouvir as críticas.“Estou preparada para que falem de mim: para o bem e para o mal. Acho que vão dizer que a mãe é feia, mas tá na moda, e a filha também. Já fico matutando o que vão inventar”, conta ela, fazendo uso da letra de umas das músicas mais conhecidas de Tati, "Sou feia, mas tô na moda".
Carol
posa com Diogo e Kelvin, na Cidade de Deus: ao verem a sessão de fotos,
eles quiseram logo garantir imagens com a futura dançarina de Tati
Quebra-Barraco (Marcos Serra Lima
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