¨Larguei carreira, família, amigos e estou muito feliz¨. Frase que se lê de mulheres que desistiram da profissão em função da carreira do marido. Será? Talvez, para poucas. Ninguém larga tudo por alguém. Somos egoístas, sim, queremos, antes de mais nada, satisfazer nossas necessidades pessoais. Só as deixamos de lado algumas ou muitas vezes pelos filhos. E nem isso vale para todo mundo, muito menos sempre. Generosidade, capacidade de amar e fazer concessões existem em nossos corações, mais ou menos, mas não a ponto de anularmos nossos maiores desejos. Quem diz, mente ou não desejava de verdade muito nada mais do que se realizar através de alguém, seja marido e/ou filho.
Ser mãe e ¨esposa¨ (palavra pra lá de esquisita) em tempo integral não é profissão nem destino. Às vezes, apenas uma escolha aparentemente mais fácil ou necessária momentaneamente. Mas, desistir de si mesma por tempo indeterminado, melhor não. É difícil acreditar que hoje uma mulher se satisfaça em apenas assistir ao ¨espetáculo¨ alheio, sem ansiar por um papel onde não seja apenas a mulher de alguém ou a mãe de alguém.
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